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Vocaloid Fanfic

4 participantes

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1Vocaloid Fanfic Empty Vocaloid Fanfic Qua Ago 10, 2011 11:37 pm

Chirik-Kun

Chirik-Kun

Hoje estarei colocando a fanfic do Vocaloid.
Atenção:se eu parar de postar durante 8 dias é porque parei de escrever.

Spinose:Essa é a história de Hatsune Miku, uma cantora criada por um programa de voz chamado Vocaloid. Nessa história, dei a Miku um caráter humano, e não robótico como ela é geralmente vista.
A garota sai de casa à procura da realização do seu sonho, e várias coisas inusitadas acontecem: ela conhece pessoas misteriosas e envolventes.

Pararei a Fanfic porque a Anise está meio ocupada Crying or Very sad Sad



Última edição por Acient-Tentomon em Qui Ago 11, 2011 11:39 pm, editado 4 vez(es)

http://girasssolnews.blogspot.com

2Vocaloid Fanfic Empty Re: Vocaloid Fanfic Qua Ago 10, 2011 11:39 pm

Chirik-Kun

Chirik-Kun

Capítulo 1- O caso de Miku

Miku Hatsune é uma garota de dezesseis anos que possui uma voz incrível. Ela é alegre, inteligente, tem sentimentos fortes, é educada, apesar de haverem alguns deslizes e é carinhosa. Miku tem cabelos longos até o chão, de cor esverdeada, que mantém presos com dois rabos-de-cavalo. A bela aparência de Miku revela que ela é uma cantora e nasceu para ser uma estrela.

Quando Miku era pequena, ela escutava músicas em um CD player que, apesar de muito antigo, ela gostava muito. Foi desse aparelho que surgiu em seu coração um enorme amor pela música e uma vontade enorme de se tornar uma cantora. Assim que começou a cantar, percebeu que sua voz era forte, bonita e nítida, e dessa maneira poderia realizar seu desejo, que havia se tornado um sonho.

Empolgada, aos dez anos de idade, Miku começou a escrever suas próprias músicas e poesias. Desde o início ela se mostrou capaz de superar cantoras de idades muito superiores à idade dela, porque sabia transmitir seus sentimentos de uma maneira bem interpretável, que desenvolveu ainda quando pequena. Ela guardava suas poesias e músicas em cadernos separados. Apesar de estar feliz por cantar e compor músicas, a mãe de Miku não gostava que ela cantasse nem compusesse , por achar a música algo fútil, sem sentimentos e desnecessário. Além do mais, a mãe da menina foi uma estudante muito bem sucedida e queria que a filha seguisse o mesmo caminho.

Os pais de Miku eram separados desde que ela era pequena. O pai da garota era também muito inteligente, mas não tem tempo para ver a filha. Esse foi um dos pontos que despertaram a sensibilidade e a solidão da garota, apesar de ela não se sentir solitária sempre. Ela tinha a companhia do irmão, Mikuo, que também sonhava em ser músico, e da mãe, que ela amava muito, apesar dela teimar de vez em quando.

Já com dezesseis anos, a menina encontrou revistas no porão de sua casa enquanto procurava saber do passado da mãe, que ela desconhecia, apesar de vários anos de convivência juntas. A mãe dela era uma pessoa misteriosa. Pouco se sabe sobre ela, apenas que ama seus filhos e que não quer que Miku se torne uma cantora. Quando procurou por algo que indicasse o passado da mãe, a menina encontrou revistas velhas sobre música, que por sinal estavam muito bem escondidas para que ela não encontrasse, e um antigo diário. Com certeza a mãe da garota teria ficado muito brava se soubesse. Mesmo sabendo que é errado tocar em objetos que não lhe pertencem, ela pegou-os para si.

As revistas, já com as páginas amareladas e muito antigas, traziam ensinamentos sobre guitarra, que Miku não entendia. Ela se surpreendeu em encontrar revistas de música,que tinham uma enorme probabilidade de serem da sua mãe, no porão de sua casa. Mas a curiosidade dela era maior do que qualquer sentimento que pudesse a impedir de estudar aquelas revistas. Ela resolveu estudar guitarra e deixar o diário guardado consigo até resolver descobrir os segredos escritos nele.
Quando a mãe dela soube que ela estava estudando música, elas discutiram muito. Miku estava triste e começou a procurar lugares vazios, fechados e escuros e escrever ainda mais músicas, dessa vez tristes. Quando finalmente conseguiu consultar seu amado pai sobre seu sonho de ser cantora, ele discordou, fazendo com que ela se sentisse ainda mais triste.

Mesmo com a discussão entre Miku e os pais, ela começou a gravar sua voz em segredo. Mikuo descobriu, mas resolveu não contar a ninguém, porque também sonhava em ser cantor. Sua voz era maravilhosa, mas ele não tinha a mesma capacidade da irmã de compor músicas, nem a mesma insistência que a irmã para realizar seu sonho.

Miku mandou uma pequena fita com sua música para a gravadora em Tóquio sem dizer uma palavra a ninguém. Algum tempo depois, recebeu uma carta comprovando sua aprovação na primeira fase dos testes. A partir daquele momento, Miku teve que fazer uma decisão fatal: fugiria de casa e faria a segunda fase dos testes. Gravou o instrumental de sua música em uma fita para realizar a segunda fase dos testes, preparou uma pequena mala com seu tocador de CDs, seu caderno com suas músicas, roupas, algum dinheiro e o diário antigo de sua mãe, que havia lido apenas algumas partes.

Quando Miku leu o diário da mãe, ela se espantou. Descobriu que a mãe teve o mesmo sonho que ela, e nesse diário eram reveladas as dificuldades e angústias na tentativa de realizar esse sonho. Mas, diferente da filha, a mãe desistiu de tudo e passou a odiar a música. Miku sentiu uma amargura enorme quando soube disso. Na verdade, a mãe estava fugindo de algo que ela, no fundo, amava.
Mesmo após esse acontecimento, Miku resolveu sair de casa e continuar o sonho da mãe mesmo que isso a deixasse desesperada e causasse problemas posteriores. Antes de sair de casa, ela deixou um bilhete para a mãe em um lugar visível, com o seguinte aviso:

''Mamãe,

Algum dia você entenderá meus sentimentos pela música. Por favor, me deixe seguir meu sonho.
P.S.: Não fuja do que é precioso para você."

Aquele bilhete com certeza iria ferir os sentimentos da mãe, e também feriu os sentimentos de Miku. Mas ela mesmo assim o anexou e saiu de casa em direção à estação de trem.

http://girasssolnews.blogspot.com

3Vocaloid Fanfic Empty Re: Vocaloid Fanfic Qua Ago 10, 2011 11:47 pm

Mishiru Minami

Mishiru Minami

UAU! Fantástico! Muito bom!
Continua, por favor!!!
Adoro! Estou ansiosa pelo próximo! :D :D :D :D

http://mishiruminami.deviantart.com/

4Vocaloid Fanfic Empty Re: Vocaloid Fanfic Qua Ago 10, 2011 11:51 pm

Chirik-Kun

Chirik-Kun

Ja que queres outro Capitulo:

Capítulo 2- A noite solitária

A noite estava caindo e Miku estava sentindo muito frio. Quando comprou a passagem para Tóquio sentiu a consciência pesar, mas seu desejo de se tornar cantora era maior do que qualquer sentimento que pudesse a impedir. Enquanto estava sentada esperando o trem passar, pensou em seus momentos cantando e escutando música. Ela não abandonaria esses momentos de maneira alguma.

"A audição será amanhã'', pensou ela. "O que vai acontecer comigo se eu for reprovada?'' se Miku fosse reprovada, teria que voltar para casa e estaria encrencada. Mesmo assim ela resolveu seguir em frente.

No trem acomodou-se em um quarto e não teve problemas porque era tratada como maior de idade. Lá ela viu uma garota que era muito bonita e tinha cabelos rosados e longos que chegavam a tocar os cotovelos. Isso não se comparava aos longos cabelos de Miku, que quase tocavam o chão. Essa garota era muito alta e aparentava ter vinte anos de idade. Talvez até mais nova. Miku tinha certeza que já viu aquela garota alguma vez e foi cumprimentá-la, sem timidez alguma, enquanto passava pelo corredor do trem. A garota era muito simpática e virou-se para ela com um sorriso. Logo perguntou:

-Olá garotinha! Qual é o seu nome?- Disse ela como se Miku tivesse dez anos de idade.

-Meu nome é Hatsune Miku. Já nos encontramos alguma vez antes?

-Não me lembro de você...

Miku forçou a memória e conseguiu se lembrar do rosto da moça. Então disse:

-Ah! Você é aquela garota que eu vi na revista!

-Sim. –Disse ela com um sorriso. - Meu nome é Megurine Luka. Prazer em conhecê-la.

-O prazer é todo meu. Você é uma cantora de sucesso, não é?- perguntou Miku, já começando a se empolgar com a conversa. Quando se tratava de música, a garota não se calava um segundo.

-Ah, nem tanto.

-Não diga assim. Meu sonho é ser uma cantora. Se eu pudesse realizá-lo mesmo sem fazer sucesso eu já estaria feliz.

-Você sonha em ser uma cantora?

-Sim. Eu estou indo para Tóquio para realizar meu sonho. –disse ela, com um sorriso.

-Que bom. Boa sorte. –Disse Luka retribuindo o sorriso. –Onde você fará o teste?

-Eu vou fazer o teste na Yamaha Records.

-Ah, eu também estou indo para lá. Fui transferida de gravadora.

-Que bom! Estaremos na mesma gravadora!- Disse Miku, saltitando de alegria.

Luka sorriu por um instante e perguntou:

-Você está indo para Tóquio sozinha?

-Sim.

-Seus pais concordaram?-perguntou Luka, desconfiada. Ela já era mais velha e mais experiente que Miku, e sabia que cantores jovens tinham problemas com os pais.

-Sim. –mentiu Miku, nervosa. Era como se Luka tivesse descoberto exatamente tudo o que aconteceu só de olhar para o rosto da garota. Seria um problema se alguém soubesse que ela estava fugindo.

Luka olhou para Miku desconfiada e prosseguiu:

-Bem, então nesse caso podemos ligar para eles e dizer que o trem está partindo... –disse Luka, pegando o telefone celular do bolso da menina sem juízo.

-Por favor, não faça isso!! –Miku gritou, tentando alcançar o celular da mão de Luka. – Eu... fugi de casa. – confessou Miku, cabisbaixa.

Luka estava satisfeita. Seu plano para saber se Miku estava mesmo obedecendo a seus pais tinha funcionado. Ela devolveu o celular a Miku e disse:

-Bom, é melhor me dar uma boa explicação para isso. -disse Luka, com um tom autoritário, como se fosse mãe da garota sem juízo.

As duas foram à cabine em que Luka estava no trem. Miku explicou sua situação desde pequena: que ela gostava de música, explicou sobre a mãe e o passado dela, e a aprovação na primeira fase dos testes.

-Muito bem. Não entregarei você aos seus pais- decidiu Luka. –Mas terá que me prometer que vai dizer a eles onde você está. Você tem noção do desespero que sua mãe deve estar passando?

-Sim. –disse Miku, tentando imaginar. - mas mesmo assim eu quero realizar meu sonho. Por mim e por ela.

-Está decidido. Se você estiver sem ter para onde ir, posso recebê-la em minha casa em Tóquio.

-Obrigada, senhorita Luka!- Agradeceu Miku com um sorriso. –Com licença.

-Ah! Miku! –Luka chamou a atenção da menina. –você não está certa tentando enganar sua mãe, mas eu sei o que você sente. Eu... –naquele momento, Luka baixou a cabeça e ficou pensativa. Miku arregalou os olhos. -deixa pra lá.

Miku apenas sorriu e agradeceu. Ela voltou para o seu quarto um pouco reconfortada, mas mesmo assim estava aflita. Abriu seu caderno de poesias cheio de sentimentos de alegria, de tristeza, de raiva e de amor, e escreveu uma poesia de aflição. Quando sentiu sono, deitou-se de lado abraçada ao seu caderno de poesias, sentindo muito frio. Seus cabelos longos e macios se espalharam pela cama, como a única coisa que a aquecia naquela noite fria e triste. Seus olhos se encheram de lágrimas, mas Miku se recusou a chorar. Enxugou os olhos e dormiu profundamente.

Amanhã vem outro capitulo ou ainda hoje

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5Vocaloid Fanfic Empty Re: Vocaloid Fanfic Qua Ago 10, 2011 11:57 pm

Mishiru Minami

Mishiru Minami

Não estava a espera que pusesse logo... mas, esta óptimo!
Adorei! Vocaliod rules!
O que terá acontecido a Luka?... ansiosa pelo próximo... xD

http://mishiruminami.deviantart.com/

6Vocaloid Fanfic Empty Re: Vocaloid Fanfic Qui Ago 11, 2011 12:14 am

Chirik-Kun

Chirik-Kun

Capítulo 3- O ''Pacote'' só para você

O dia logo amanheceu. O trem chegou às oito horas e Miku havia acordado apenas trinta minutos antes. Comeu apenas algumas bolachas que tinha na mala e saiu quando o trem parou. A audição seria às dez horas e o encerramento das inscrições, às nove e meia. Luka se ofereceu para levar a garota até a gravadora apesar de que Luka não precisava fazer os testes, já que seria apenas transferida de gravadora. Miku devia muitos favores a ela naquele momento.

As duas chegaram à gravadora e Miku agradeceu novamente. O local era um prédio muito alto e se localizava no enorme centro da cidade, onde várias pessoas andavam apressadas. Ela entrou, se inscreveu rapidamente e esperou ser chamada. Na sala de espera, ela estava visivelmente nervosa. Uma garota com cabelos castanhos e curtos, percebendo o nervosismo de Miku, sentou-se ao lado dela. Não para ajudá-la, com certeza.

-Você vem de alguma agência de talentos ou grupo de teatro?- perguntou a garota, que aparentava ter a mesma idade que Miku.

-Não... -disse a menina, que parecia mais nervosa a cada segundo.
-Você já cantou profissionalmente alguma vez? –perguntou a garota mais uma vez, com intenção de constranger Miku.

-Também não... – gaguejou Miku, que já tremia de nervosismo.

-Sinto muito. Você não tem chance. – Disse a garota com uma risada e uma dose de sarcasmo.

Miku se sentiu desanimada e constrangida, mas não julgou a garota. Ela achava que ela estava certa. Como ela seria aprovada sem ter sequer cantado em público antes, e sabendo tão pouco sobre música? Miku fez uma longa pausa e respondeu:

-Bom, de qualquer maneira, vou me esforçar e dar o melhor de mim. –disse Miku com um leve sorriso.

-Faça o que quiser. – disse a menina, com um ar de desprezo.

De repente, Miku foi chamada para a sala dos testes. Aquele era o momento decisivo. Se falhasse, não teria outra chance de fazer o teste e estaria com problemas em dobro. Se fosse aprovada, ainda assim seria encontrada por sua mãe, mas seguiria seu sonho até o fim.

Assim que entrou na sala, tentou segurar seus sentimentos. Haviam três juízes que dariam nota ao desempenho dela. Um dos juízes era muito bonito e entregou a ela o microfone com um sorriso, o que a fez ficar vermelha.

-Você é Hatsune Miku, certo? –perguntou um dos juízes.

-Sim. -respondeu ela, apreensiva.

-Muito bem, Miku. Qual é o tipo de música que você gosta de cantar?

-Eu prefiro j-pop, mas eu canto vários outros estilos de música. -respondeu ela, um pouco mais alegre por falar de um assunto que gostava.

-Certo. –disse ele, fazendo anotações. –E o que você quer fazer quando se tornar uma cantora?

-Eu quero cantar só porque gosto de cantar. – disse ela, sem firmeza na resposta, mas com um sorriso no rosto. Com isso, os juízes pensaram que ela não tinha motivação para cantar, e isso era desvantajoso.

-Pode cantar então.

Packaged- Hatsune Miku
(http://audio.isg.si/audiox/?q=node/38664)

Melodias ao redor do mundo
A minha voz cantando
Elas estão chegando a você
Elas estão tocando no seu coração

Melodias ao redor do mundo
A minha voz cantando
Elas estão chegando a você
Elas estão tocando no seu coração

Estou à procura de gotas de tom...
Que cairiam na palma da sua mão...
Eu quero dizer o meu coração (pensamento e sentimento)...
Embalado dentro do "pacote'' só para você
Eu espero que possa cantar bem
Para fazer isso corretamente, eu vou trabalhar duro!

Melodias ao redor do mundo
A minha voz cantando
Elas estão chegando a você
Elas estão tocando no seu coração

Melodias ao redor do mundo
A minha voz cantando
Elas estão chegando a você
Elas estão tocando no seu coração

Por muito tempo eu esperei sozinha
Desejando cantar, apesar de nunca ter a chance de cantar
Mas agora eu conheci você
Já não estou mais só...
Meu coração está começando a se encher com ritmo
Faz o meu sentimento que transborda do meu coração para uma canção

Melodias ao redor do mundo
A minha voz cantando
Elas estão chegando a você
Elas estão tocando no seu coração

Vamos trazer ao mundo um sorriso
Eu e você
Elas estão chegando a você, certo?

Assim que ela terminou de cantar, abriu um lindo sorriso e os juízes olharam fixamente para ela. A voz dela não era humana, nas ao mesmo tempo era muito natural. Entraram em pânico e aprovaram-na naquele exato momento. Até ela se assustou com o fato de a aprovarem logo na segunda fase, sem mesmo pensar na terceira fase ou nas outras pessoas que faziam o teste. Começou a se perguntar se aquilo acontecia com frequência e se sentiu mal sendo aprovada naquelas condições, mesmo com o fim da ansiedade.

Miku sentiu desconforto novamente. Sua aprovação não aliviou sua tensão como devia. A menina que a tratou mal estava lá de novo.
-Então você é parente de alguém daqui?

-Não! Eu nem se por que me aprovaram... –disse Miku confusa.

-Só pode ser por causa do seu ''rostinho bonito''. Você nem canta tão bem assim... –a desprezou novamente e saiu.

Miku estava feliz com sua aprovação, mas ao mesmo tempo estava muito confusa. Ela foi chamada ao escritório para discutir os primeiros passos de sua carreira, mas chegou lá desanimada, o que surpreendeu a todos.

-Muito bem. - disse um dos homens que certamente trabalhariam com a Miku.- primeiro temos que decidir quem será seu empresário.

-Permita-me. –se ofereceu um garoto de cabelos azulados, um pouco mais alto que a menina, mas por algum motivo parecia ser muito mais velho que ela. - eu posso ser seu empresário, Miku? –perguntou ele, se virando para ela com um sorriso.

-Claro. –disse ela, vermelha. Era ele quem tinha entregado o microfone para ela.

- Amanhã você terá treinos de voz, uma entrevista e em breve gravaremos seu primeiro CD. –prosseguiu o homem. –você veio de outra cidade, certo?

-Sim.

-Então vou providenciar um quarto para você.

Miku estava aliviada. Ela passaria seus próximos dias gravando as músicas que tinha composto e se esforçaria para que seu sonho corresse como planejado. Seu empresário a levou para o quarto dentro da gravadora em que ela passaria as próximas noites.

-Por que há quartos dentro da gravadora? –perguntou Miku para seu novo empresário.

-Porque quando os cantores têm que gravar um CD eles já dormem aqui, já que o trabalho é puxado. Ah, o seu quarto é esse.

-Muito obrigada.

-Ah! Miku! Desculpe não ter me apresentado antes. Meu nome é Kaito.

-Obrigada, Kaito-san!

-Não precisa de tanta formalidade. Qual é a sua idade?

-Eu tenho dezesseis anos...

-Viu só? Eu tenho dezoito anos. Temos quase a mesma idade.

-Sério? Você parece tão mais velho... ah, me desculpe!

-É por causa da minha voz? Sim, várias pessoas dizem isso. Não tem problema. –disse ele, com o sorriso que Miku já havia acostumado a ver. –aliás, Miku, você precisa descansar. Amanhã será um dia cheio.

-É mesmo. Boa noite, Kaito! –disse ela, entrando.

-Até amanhã.

Miku fechou a porta e se jogou com tudo na cama. Ela estava feliz como não esteve há muito tempo. Seu sonho se realizar da melhor forma possível. Terminado o momento de comemoração, Miku desfez suas malas e retirou do meio das roupas um retrato com a foto da mãe dela e ela quando pequena. Num gesto delicado, tocou o retrato e disse:

-Eu consegui mamãe. Será que você pode me escutar? –disse a garota, com a voz suave e os olhos brilhantes. Ela queria que a mãe soubesse que ela realizou o sonho que ambas tinham, mas qualquer forma de dizer aquilo era impossível, porque ela seria encontrada. De qualquer maneira, queria aproveitar aquele momento ao máximo. Desfez suas malas e dormiu em sua nova cama.

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7Vocaloid Fanfic Empty Re: Vocaloid Fanfic Qui Ago 11, 2011 12:22 am

Mishiru Minami

Mishiru Minami

Não vou poder ler este capitulo hoje... vou dormir... xD
mas de certeza que esta muito bom! Tens muito jeito!
Se escreveres um livro, sou a tua maior fan... xD

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8Vocaloid Fanfic Empty Re: Vocaloid Fanfic Qui Ago 11, 2011 12:29 am

Chirik-Kun

Chirik-Kun

Em breve se eu conseguir colocar mais episodios talvez eu faça uma Fanfic de pokemon

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9Vocaloid Fanfic Empty Re: Vocaloid Fanfic Qui Ago 11, 2011 7:04 am

Shine∞Osnofa

Shine∞Osnofa

Bem, eu tive a mesma ideia há uns meses e já tenho 3 capítulos escritos. Só falta postar. De qualquer forma, boa sorte com isso. ^^

10Vocaloid Fanfic Empty Re: Vocaloid Fanfic Qui Ago 11, 2011 3:40 pm

Chirik-Kun

Chirik-Kun

Aki tens o Cap.4

Capítulo 4- Nasce uma nova estrela

O dia seguinte amanheceu lindo. Os raios de sol atingiam as cortinas do quarto da garota, que acordou bastante cedo. Miku podia agora ver claramente o seu quarto, um cômodo que não era realmente muito grande, mas era totalmente branco com móveis de cor clara. A cama, de tamanho king, ficava no centro; e uma cômoda em que ela mantinha guardado suas roupas e seus objetos ficava encostada em uma parede. Em outra parede havia uma escrivaninha, que poderia servir para que a garota passasse a maior parte do seu tempo escrevendo as letras de suas músicas. O cômodo não tinha muitos objetos para decoração, e estava quase completamente vazio.



Miku aproveitou para tomar um banho, pentear seus longos cabelos o mais rápido possível e sair do seu quarto para procurar um lugar onde ela pudesse tomar café. No corredor encontrou Kaito, que parecia estar lá por coincidência.



-Bom dia, Miku. –ele disse, sorrindo - Você acordou muito cedo.



-Bom dia, Kaito! –disse ela, retribuindo o sorriso. Os dois estavam alegres logo de manhã.



-Estou vendo que você está animada para sua estréia.



-Claro. –disse a menina, cheia de energia. –estou indo tomar café. Quer ir comigo?



-Sim. Eu conheço um lugar aqui perto. Vamos juntos.



Os dois foram juntos até a enorme sala principal, uma sala grande onde circulavam vários cantores, bandas e fãs e se assemelhava a um lobby de um hotel. Lá encontraram Luka, que parecia apressada. Assim que Miku a viu, logo a reconheceu:



-Luka-san!



-Você a conhece? –Kaito perguntou.



Miku não respondeu. Ela apenas foi correndo falar com a amiga sem saber que ela estava apressada ou apenas ignorando esse detalhe.



-Miku!Você foi aprovada! –disse ela, abrindo um enorme sorriso que não havia aberto antes por estar muito ocupada. As duas se abraçaram.



-Todos nós vamos poder ficar juntos!- disse Miku, com um enorme sorriso.



-Ah, sim. Olá, Kaito. –disse Luka, que já conhecia o garoto.



-Seja bem-vinda, Luka.



-Aliás, Miku, não se esqueça que você me fez uma promessa.



-T-tá... –gaguejou Miku. Ela não sabia como cumpriria aquela promessa. Se a mãe dela soubesse que ela estava em Tóquio, e pior, em uma gravadora, ela teria o maior problema da vida dela. –desculpe tomar seu tempo.



-Não é nada. Qualquer hora eu vou te visitar no seu quarto. Até mais! –disse Luka apertando o passo. Ela parecia atrasada para um compromisso importante.



-Até mais!



Miku e Kaito saíram do lobby e entraram nas ruas movimentadas de Tóquio. As fachadas luminosas e prédios eram muitos, mas não se comparavam à quantidade enorme de pessoas que circulavam nem à quantidade de carros, que já era grande desde manhã. Eles entraram em um café que era quase imperceptível entre tanto movimento, mas por um milagre o lugar não estava tão cheio, o que foi bom para que os dois encontrassem um bom lugar para sentar. Assim que sentaram e fizeram seus pedidos, começaram a conversar.



-De onde você conhecia a Luka? –perguntou Kaito, estranhando o fato de que Miku e Luka já se conheciam. A coincidência parecia ser muito grande.



-Ah, eu a reconheci no trem quando estava vindo para Tóquio. Eu tinha visto ela em uma revista antes, então fui falar com ela. Ela foi muito gentil comigo.



-Ah. E que promessa era aquela?



Miku pensou um pouco e disse:



-Não era nada, não. –O maior medo dela era que Kaito descobrisse que ela teimou e a mandasse de volta para casa. Por isso ela tinha que esconder aquele segredo com todas as suas forças.



-Desculpe. Eu estou sendo muito intrometido, não estou? –disse ele sorrindo para reconfortar Miku, ao ver que ela estava constrangida por ter que mentir.



-Não tem problema. Você não tem culpa por perguntar. Por falar em perguntar, posso te fazer uma pergunta?- disse Miku,triste novamente.



-Pode, claro.



-É... Eu fui aprovada só porque eu tenho um “rostinho bonito’’? - perguntou a menina.



-O quê? –perguntou Kaito, com uma risada irônica. –quem te falou isso?



Miku não respondeu. Ela apenas virou o rosto, sem ânimo. A energia que ela sentia quando se encontraram pelo início da manhã tinha ido embora. Dessa maneira, Kaito percebeu que teria que se soltar mais para trazer o sorriso de Miku de volta.



-Olhe para mim, Miku. Disse ele, com um suspiro. –por que acha que eu me voluntariei para ser seu empresário? –disse ele, colocando a mão sobre o ombro da garota, que insistia em não olhar para ele.



-Eu não sei...



-Eu quis ser seu empresário porque você é a melhor cantora que eu já vi. –Kaito sorriu suavemente, mas isso não parecia melhorar a situação. –Em todos esses anos de trabalho com música, eu nunca ouvi uma voz tão linda quanto a sua. Não se deixe ofender por esse tipo de crítica, tá?



-Obrigada. –Miku voltou a sorrir e Kaito estava satisfeito.



-Você já vai aprendendo desde o começo. Durante toda a sua carreira você vai ter que aturar críticas em pé nem cabeça. Eu digo isso por experiência própria.



-Certo. –disse Miku, sorrindo mais ainda. Obrigada, Kaito.



Assim que os dois comeram, pagaram e voltaram para a gravadora. O primeiro dia da realização do sonho da garota não seria realmente muito cheio como ela imaginava.



-Vamos ver o que você tem para hoje. –Kaito olhava para uma agenda que já havia conseguido para controlar os horários da garota. –hoje você tem um treino de voz e uma entrevista. Depois você terá a tarde toda para fazer o que quiser.



-Por que tão pouca coisa? –perguntou Miku, estranhando a escassez de coisas pra fazer.



-Você é uma cantora novata, então não há realmente muito que fazer. O pessoal já está desenvolvendo o instrumental da música que você cantou na audição para que você lance seu CD em breve.



-Ah. Mas já estão pensando no CD?



-Aqui nós trabalhamos rápido. Pode ir se acostumando. –disse ele, sorrindo como sempre.



-Bom, e essa entrevista?



-Você vai ser entrevistada para o jornal da cidade. Vamos receber uma jornalista aqui para te entrevistar.



Miku se mostrou estar nervosa. Era a primeira vez que ela seria entrevistada e o perigo de sua mãe encontrá-la só aumentava.



-Bom, se o jornal for publicado apenas aqui na cidade não tem problema... –sussurrou Miku. Ela não tinha nenhum parente em Tóquio que pudesse entregá-la a sua mãe.



Durante o treino de voz, Miku estava impecável. Aquele treino servira apenas para testar as habilidades da voz da garota, mas superou as expectativas de todos na gravadora. Ela nunca desafinava e todos a achavam sobre-humana. Talvez fosse esse motivo que teria levado Miku a ser aprovada com tanto desespero. Além disso, a voz dela havia uma tonalidade jamais ouvida antes, o que daria a ela um bom salário, uma boa carreira e uma enorme valorização. Poucas horas após a sua aprovação, outras gravadoras já haviam sido informadas da garota incrível e já a desejavam, e isso queria dizer que ela seria muito bem paga para continuar na Yamaha records. O problema era que a menina não sabia da disputa entre as gravadoras por ela e não queria realmente ser uma cantora para ser rica. Só o dinheiro suficiente para o seu próprio sustento já bastava.



Logo depois do teste de voz, Kaito e Miku foram esperar pela jornalista que entrevistaria a garota. Quanto Kaito percebeu o nervosismo da amiga, ele perguntou:



-Por que está tão nervosa? Você vai ter que enfrentar situações bem piores do que entrevistas.



-Não se preocupe. Eu estou bem. O único problema é que... –Miku interrompeu sua fala, insegura, temendo contar a verdade.



-É que...? –Kaito franziu a testa.



Naquele momento a jornalista chegou. Miku levantou-se imediatamente e a cumprimentou. Kaito então se virou para a menina e disse:



-Boa sorte. Não se esqueça de ter cuidado com os clichês.



Miku apenas acenou com a cabeça e saiu. A entrevista ocorreu perfeitamente bem. Nenhuma pergunta muito pessoal foi feita. A menina se sentiu aliviada e percebeu que poderia enfrentar várias outras entrevistas se fosse sincera.



Miku já tinha cumprido todas as suas obrigações do dia e estava com a tarde livre, e Luka também. Isso parecia um milagre, porque a moça estava sempre muito ocupada. Dessa maneira, Luka aproveitou para visitar a amiga, que parecia mais uma irmã mais nova sem juízo e teimosa. Bateu na porta do quarto dela, que logo atendeu:



-Luka-san! Que surpresa ver você aqui! Pode entrar!



-Olá, Miku! Como você vai?



-Muito bem. Aliás, não podia estar mais feliz!



-Ah é? –disse Luka, sorrindo ao ver a “irmãzinha’’ feliz. - De onde vem toda essa felicidade?



-Eu vou realizar meu sonho! Todas as músicas que eu compus vão ser melhoradas e vou me esforçar o máximo possível para que façam sucesso.



-Que bom.



-Ah, Luka-san... -disse Miku, um pouco triste. Algumas vezes ela desanimava de uma hora para outra, o que fazia com que ela parecesse com uma garota esquisita. - Eles me aprovaram de uma maneira muito estranha. Isso acontece sempre? – Miku estava sentada segurando suas pernas e o nervosismo estava escrito em seu rosto.



-Não se preocupe Miku. -disse Luka, que mais uma vez consolava a amiga. - eu escutei sua música e fiquei encantada. Você tem muito talento e eu tenho certeza que foi aprovada porque ele foi reconhecido. Mas eu nunca vi aprovarem alguém com tanto desespero...



-Obrigada, Luka. Queria muito poder retribuir tudo o que você fez por mim.



-De nada, Miku. Não precisa retribuir nada. Apenas brilhe com todas as suas forças. Aliás, -Luka mudava de assunto- de onde você conheceu o Kaito?



-Ah, sim! Ele se ofereceu para ser meu empresário e é muito gentil comigo.



-Se ofereceu para ser seu empresário? –Luka estranhou- ele gosta de você?



-Não sei. Só sei que ele é muito bom pra mim.



-E você gosta dele? – perguntou Luka, empolgada.



-Eu não sei... Nós nos conhecemos há muito pouco tempo.



-Ah. Está bem. –disse Luka, suspirando.



Houve uma longa pausa. Miku olhou para Luka e perguntou:



-E você? Gosta de alguém?



-Sim, mas com certeza ele está casado. Acho que não devo mais me meter com ele. Por um momento pensei que ele me amava... –disse Luka cabisbaixa.



-Luka-san... –Miku realmente não queria vê-la triste. Afinal, ela havia a consolado e ajudado várias vezes.



-Mas está tudo bem. A vida continua e vou tentar encontrar outra pessoa.



-É assim que se fala! Não fique triste! Força!



-Obrigada. É hora de ir. Vejo você depois!



-Até mais, Luka!



Miku deitou-se na cama e começou a melhorar as letras de suas músicas para que pudesse publicá-las em seu tão sonhado CD. Pouco tempo depois, Kaito bate na porta do quarto da menina.



-Pode entrar.



-Oi Miku. –disse Kaito, entrando e se sentando ao lado da garota. –tenho boas notícias.



-Que bom! Conte-me.



-As gravadoras da cidade ficaram sabendo do seu desempenho e estão gerando uma concorrência. Todos querem sua voz.



-Mesmo? –disse a menina, se sentando e espalhando seus longos cabelos pela cama.



-Claro! Não pode perder a fé, Miku. Sua aprovação não foi algo ruim.



Miku sorriu e Kaito acariciou sua cabeça, bagunçando seus rabos-de-cavalo. Miku era uma garotinha adorável, mas não era realmente muito alta. Seu rosto redondo dava a ela um belo olhar infantil.



-Amanhã vamos fazer uma coisa que eu acho que você vai gostar.



-O que é?



-Vamos começar a escolher as roupas que você vai usar para se apresentar.



-Ah, sim. Eu estava pensando nisso agora mesmo. Já tenho as roupas que eu quero usar na minha mente.



-Que bom. Você sabe desenhar?



-Desenhar? Não...



-Por que você não tenta desenhá-las para a gente levar o planejamento para a estilista? Ela vai saber o que fazer.



-Tá bom... Eu vou tentar. Mas não vale rir!



-Eu não vou rir não. –afirmou Kaito, rindo. –eu também sou horrível para desenhar. Vou deixar você sozinha, porque senão você não se concentra.



-Então tá. Até mais tarde, Kaito!



-Até.



Quando Kaito fechou a porta do quarto, Miku tirou uma folha de caderno e começou a tentar desenhar. Como era muito esforçada, apagou seu desenho várias vezes e gastou várias folhas para que ele saísse perfeito. Após várias tentativas, ela finalmente conseguiu, apesar do fato de que seu traço era totalmente torto, forte e a folha estava marcada. Como aquela era sua obra-prima, ela resolveu usá-la mesmo não estando totalmente satisfeita.



Já de noite, quando terminou seu rabisco, escondeu-o muito bem dentro do seu caderno e procurou por Kaito para saber a opinião dele. Encontrou o quarto do garoto e bateu na porta.



-Oi? –disse Kaito, abrindo a porta. –Ah, é você, Miku. Pode entrar.



-Eu terminei meu rabisco! –disse a garota, entrando no quarto de Kaito e morrendo de vergonha do seu desenho malfeito.



-Eu posso ver?



-Tá. Não vale rir. –repetiu ela, entregando o desenho e virando a cara de tanta vergonha.



-Eu gostei. Vamos levar amanhã para a estilista e ver o que ela pode fazer.



-Gostou? –Disse Miku, virando para Kaito. Naquele momento ela percebeu o quanto ele estava cheiroso, porque tinha acabado de tomar banho.



-Claro. Se fosse eu, esse desenho já estaria perdido. –Disse Kaito, mais uma vez rindo. –Aliás, pode se sentar aí na cama, Miku.



Miku sentou-se e começou a reparar no quarto do garoto, que era exatamente igual ao seu, mas havia mais coisas que se relacionavam à música. Quando viu um aparelho de som que estava ligado e pausado, ela perguntou animada:



-Então você também gosta de música! Legal!



Kaito apenas sorriu e voltou o olhar para o desenho da Miku. Ela sinceramente não conseguia entender o que ele viu de tão interessante naquele rabisco.



-Kaito, por que você não canta também?



Kaito tirou os olhos do desenho de Miku e olhou para o chão, pensativo. Com um suspiro, ele abriu a boca como se fosse dizer alguma coisa, mas logo foi interrompido pela garota.



-Me desculpe. É sobre algo que você não quer falar, não é? Eu sinto muito... Não tive a intenção de te magoar... –Miku também ficou triste e colocou a mão no ombro de Kaito.



-Não tem problema, Miku.



-Mas, mesmo assim, eu voltar para o meu quarto. Não quero ficar atrapalhando você.



-Miku... Você não atrapalhou. Eu estou bem.



-Tem certeza?



-Sim. –Afirmou Kaito, tentando abrir novamente um sorriso.



-Que bom. –Miku também sorriu. –Algum dia você vai me contar?



-Claro Miku. Não fique triste, tá? Você não me ofendeu.



-Tá. –Miku sorriu. –Não estou triste. Vou para o meu quarto. Boa noite!



-Boa noite. Até amanhã. –Kaito se despediu, entregando o desenho de Miku de volta.



A garota fechou a porta com um suspiro, começou a imaginar coisas terríveis e ficou preocupada. Será que Kaito não confiava nela? Algo de ruim teria acontecido a ele? Mal conseguindo dormir pensando nessas questões, pegou o diário da mãe na gaveta e começou a ler. A história da mãe dela era interessante, mas não fazia sentido para Miku. Para quê desistir dos seus ideais, apesar dos obstáculos que tinha? E ainda começar a odiar a música?



O fato de ela ter lido o diário da mãe só lhe causou mais insônia quando se deitou e fechou os olhos. Miku só conseguiu relaxar quando era tarde da noite.

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11Vocaloid Fanfic Empty Re: Vocaloid Fanfic Qui Ago 11, 2011 3:58 pm

Chirik-Kun

Chirik-Kun

Capítulo 5- A Primeira Apresentação

Algum tempo depois, já fazia um mês que Miku havia fugido de casa. Para ela, aquele tempo passou muito rápido, mas para sua mãe poderia estar sendo uma eternidade. Miku imaginava se a mãe dela realmente pensava nela e concluía que não, mas a situação era totalmente o contrário. Suas preocupações em relação a sua mãe haviam desaparecido quase completamente, já que agora ela estava muito ocupada e tinha que focar em seu trabalho.



A sua nova música já havia ganhado uma nova versão com ritmo diferente e estava gravada, sendo sempre exibida nas rádios. Miku já era assunto de revistas, páginas da internet, televisão e rádio.



Todo aquele sucesso levava seus fãs a quererem vê-la apresentar ao vivo. Obviamente ela achava a fama e o sucesso interessantes e aceitou a proposta logo que soube da vontade dos fãs, porém no fundo a garota tinha vergonha de se apresentar em frente a um grupo tão grande.



Como Miku já havia recebido seu primeiro salário, que era bastante alto, ela procurou uma casa para morar de aluguel, já que teria mais conforto e privacidade se tivesse sua própria casa. O quarto na gravadora ainda pertenceria à garota, mas seria usado apenas em casos de necessidade.



O dia da apresentação de Miku chegou. Nos dias anteriores, a garota gelava quando Kaito tocava no assunto da apresentação. Ela odiava aquele sentimento de vergonha e tentava escondê-lo como um segredo importante.



Miku estava no camarim se maquiando quando Kaito bateu na porta.



-Pode entrar! –Gritou.



Kaito entrou e viu o quanto Miku estava nervosa. Ela logo foi para cima dele, fazendo várias perguntas:



-Onii-chan! Exclamou ela, assim que viu o garoto. Ela passou a chamá-lo de “onii-chan’’ porque ele era um amigo mais velho com pouca diferença de idade, alguém com quem ela tinha intimidade. - Como eu estou? Minha maquiagem está borrada? Meu cabelo ta bagunçado?



-Calma Miku! Você está bem.



-Jura?



-Claro. Você está linda.



-Onii-chan...



Miku abraçou Kaito. Ela estava vestida com as roupas que ela mesma havia desenhado: uma blusa de cor prateada sem mangas, uma saia preta e um par de meias três quartos pretas, tudo com bordas verdes. As mangas da blusa da menina ficavam separadas da mesma, e tinham algo que se parecia com um painel de controle, dando a ela um visual robótico. Mas era bonito e a vestia muito bem. Ela havia feito uma tatuagem no ombro esquerdo com o número “01’’ e seu nome embaixo, como um símbolo de sorte para sua carreira. Miku também usava fones de ouvido com um microfone e dois misteriosos objetos quadrados ao redor das Maria- chiquinhas, que não eram prendedores e serviam apenas como acessórios. O visual era todo preto e prata, enquanto a cor verde água servia para combinar com os cabelos e olhos.



Kaito ficou vermelho com aquele abraço e disse:



-Vamos lá para o palco então?



-Tá... Mas eu acho que não vou conseguir. Disse ela, soltando o garoto, que estava vermelho como um pimentão.



- Eu acho que vai sim. Anime-se, Miku. Você não queria se apresentar?



-Eu não posso... Eu estava empolgada antes, mas é diferente de ter que enfrentar essa situação. Fiquei alegre sem pensar no que pode acontecer...



-Nada pode acontecer. Você não ensaiou? Faça exatamente como nos ensaios e ficará tudo bem.



Miku baixou a cabeça e ficou pensativa enquanto Kaito colocou a mão no ombro dela. Naquele momento, a menina se lembrou do pedido que os fãs haviam feito:



“-Olha só. – Disse Kaito, apontando para uma agenda em que estavam escritas as coisas que Miku teria que fazer durante o dia. - O pessoal gostou tanto da sua música que quer ver você se apresentar. Tá vendo aquela caixa ali? - disse ele, apontando para uma caixa grande no canto da sala.


-Sim. -Disse Miku, correndo até a caixa e abrindo-a, percebendo que estava cheia de cartas.


-Esses são os pedidos que os fãs fizeram para você se apresentar.

Miku arregalou os olhos e disse:


-Uau! Que legal!!


-E aí, vai se apresentar?


-Mas é claro! –Exclamou Miku. ’ ’


Miku levantou a cabeça e disse, decidida:



-Certo. Eu vou subir naquele palco e vou me esforçar.



-Que bom. Eu sei que você vai conseguir.



Miku e Kaito entraram na parte que ficava ao lado do palco. Como ainda havia uma banda se apresentando, ainda não era hora da garota entrar. Porém, ela podia ver a quantidade de pessoas que estavam assistindo a aquele show e sentiu um frio na espinha momentâneo: eram muitas, provavelmente milhões. Miku odiava fraquejar daquela maneira, mas começou a tremer muito, como se fosse desmaiar.



-Onii-chan... Não estou me sentindo muito bem... – Disse ela, olhando fixamente para a multidão.



-O que foi, Miku?



Miku virou-se para Kaito com o rosto triste que ela sempre fazia, mas ele nunca gostava de ver. Olhando para ela sem suportar aquela tristeza, ele segurou a mão da garota e pediu para que ela o acompanhasse. Ele convidou-a para se sentar em um sofá no canto daquele lugar e foi buscar um copo de água para ela. Quando voltou, ele sentou-se ao lado da garota, olhando nos seus olhos verdes e preocupados. Logo disse:



-Miku, no começo é muito difícil mesmo. Mas você tem que respirar fundo e cantar. A plateia é sua amiga, não se esqueça. Apresentações como essa são inevitáveis se você quiser continuar sendo uma cantora.



-Tá... Eu sei. Obrigada, onii-chan. Desculpe-me por ser tão fraca.



-Não precisa se desculpar. Eu só quero ver você bem. –Disse Kaito. Algoestava diferente nele: estava bem mais ousado e aberto à Miku, já que os dois estavam sempre tão próximos.



-Ah, onii-chan! –Exclamou Miku, abrindo um grande sorriso.



Kaito olhava para Miku de uma maneira mais tranquila e carinhosa. Assim que os dois pararam de escutar a música alta vinda do palco, levantaram-se imediatamente.



-Miku, está na hora de você entrar.



-Certo.



Correndo para o lugar por onde Miku entraria no palco, ela podia ver os holofotes brilhantes e coloridos que iluminavam o lugar, apesar da escuridão da noite que cobria o lugar. Ela não podia adivinhar nada. Apenas subiria no palco e se esforçaria.



Chegando a um lugar sob o palco, Miku percebeu que entraria por um elevador, como as celebridades faziam em grandes shows. Ela achou aquilo o máximo, porque só havia visto algo assim em DVDs de shows. Já em cima do elevador, Miku conversava com Kaito:



-A primeira impressão é a que fica, certo?



-Do que você está falando, Miku?



-Estou falando que vou me esforçar para causar uma boa impressão para os meus fãs.



-Vai dar tudo certo, Miku.



Miku começou a ser erguida. Ela apenas acenou para Kaito com a cabeça, com um sorriso no rosto, fazendo uma entrada triunfal.



Packaged- Hatsune Miku (https://www.youtube.com/watch?v=wamB3DcFdF0&feature=related)



Melodias ao redor do mundo
A minha voz cantando
Elas estão chegando a você
Elas estão tocando no seu coração

Melodias ao redor do mundo
A minha voz cantando
Elas estão chegando a você
Elas estão tocando no seu coração

Estou à procura de gotas de tom...
Que cairiam na palma da sua mão...
Eu quero dizer o meu coração (pensamento e sentimento)...
Embalado dentro do "pacote'' só para você
Eu espero que possa cantar bem
Para fazer isso corretamente, eu vou trabalhar duro!

Melodias ao redor do mundo
A minha voz cantando
Elas estão chegando a você
Elas estão tocando no seu coração

Melodias ao redor do mundo
A minha voz cantando
Elas estão chegando a você
Elas estão tocando no seu coração

Por muito tempo eu esperei sozinha
Desejando cantar, apesar de nunca ter a chance de cantar
Mas agora eu conheci você
Já não estou mais só...
Meu coração está começando a se encher com ritmo
Faz o meu sentimento que transborda do meu coração para uma canção

Melodias ao redor do mundo
A minha voz cantando
Elas estão chegando a você
Elas estão tocando no seu coração

Vamos trazer ao mundo um sorriso
Eu e você
Elas estão chegando a você, certo?

Mesmo olhando para tantas pessoas, ela dançou e cantou para todos verem da mesma maneira que ela foi ensinada. Aquele era um acontecimento importante, que ficaria marcado em sua vida para sempre. Era difícil para ela o fato de ter se isolado sem cantar nem dançar para ninguém antes, pois todos em sua família desaprovavam a ideia de que ela queria ser cantora. Mas agora ela conhecera pessoas que, ao contrário de sua família, queriam que ela realizasse seu sonho, por isso ela podia se considerar feliz agora.



Kaito subiu em um ponto alto do palco onde ele podia ter uma vista panorâmica da Miku e ver como ela se saía sem ser visto pela platéia, mas o garoto foi chamado para descer por um caso de emergência. Miku dançava despreocupada, sem ter a mínima noção de que algo errado estava acontecendo. Sua apresentação duraria apenas até a música acabar, e esse período era considerado pouquíssimo tempo em comparação às outras bandas e cantores que estavam lá para se apresentar. Era estranho que algo acontecesse em um período de tempo tão curto.



A menina se apresentou e desceu pelo mesmo elevador em que subiu. Algo estava estranho: Kaito não estava lá como ela esperava. Miku então se pôs a procurar por ele em todas as partes. Por mais que ela corresse, por mais que ela perguntasse às pessoas a sua volta, ela não conseguia encontrá-lo. A garota já começou a entristecer, pensando que ele nem sequer havia a visto se apresentar. Até que ela finalmente o encontrou, pulando em cima dele e dando-lhe um grande abraço. Porém, Kaito não parecia feliz.



-Onii-chan, eu consegui!!!



O garoto não respondeu. Miku olhou para ele, um pouco desconfiada, e começou a tirar conclusões sozinha:



-Onii-chan, onde você esteve? Me deixou preocupada! –Derreteu a garota. Você nem me viu apresentar, não é?



-Não se preocupe. Eu vi você se apresentar, mas tive que vir correndo para cá. Sinto muito.



-Tá bom... –Disse ela, soltando o garoto e olhando nos seus lindos olhos azuis. -
Onii-chan, posso te perguntar por que você está triste assim?



Kaito respirou fundo e, soltando a respiração lentamente, disse:



-Algumas pessoas tentaram driblar a segurança, dizendo que eram sua família. Eles insistiram tanto em te ver que os mandei entrar para você mesma ver se conhece.



Miku se espantou na mesma hora. Suas pernas começaram a tremer e ela engoliu o seco. Aquele podia ser o fim do seu sonho, da sua carreira, das novas pessoas que ela amava, da gravadora... Todo aquele esforço perdido em um instante. Depois de alguns momentos de pânico no seu pensamento, ela conseguiu encontrar a palavras certas e disse decidida:



-Onde eles estão...?


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12Vocaloid Fanfic Empty Re: Vocaloid Fanfic Qui Ago 11, 2011 11:40 pm

Chirik-Kun

Chirik-Kun

Capítulo 6-Medo

-Por que você está tão nervosa? –Perguntou Kaito, percebendo o quanto a garota tremia. –Aconteceu alguma coisa?



Miku não respondeu. Ela queria evitar até o fim falar para Kaito seu segredo, mesmo que tivesse que mentir. Ao invés de responder à pergunta que o garoto fez, ela perguntou:



-E você, onii-chan? Por que está triste?

-Seus pais não pareciam muito contentes, Miku. Por que não vai vê-los?

Kaito olhou para o rosto da menina novamente e, vendo o quanto estava preocupada, ele disse desconfiado:



-Não está feliz porque eles estão aqui? Então você fez alguma coisa para eles estarem tristes? –Kaito olhava para Miku com um olhar severo e totalmente desconfortante, como se ele tivesse parado totalmente de confiar nela.



-Não é verdade! Eu não sei por que eles estão tristes! –Mentiu a garota, quase querendo chorar. Ela sentia uma angústia muito pior que quando não conseguia subir no palco por sentir vergonha. A diferença é que antes ela tinha o apoio do garoto, mas com certeza ela havia perdido agora.



Com aquele olhar frio de desconfiança, Miku não podia ficar naquele lugar. Resolver pôr-se a correr novamente para longe, porém para encontrar seus pais dessa vez. A garota não conseguia conter o desespero vindo do medo da perda da sua conquista. A última coisa que ela queria era voltar a sua vida completa pelos estudos, sem música, sem sentimento. Apenas solidão e incompreensão por parte da sua família. O nervosismo tomou conta de todo o corpa da garota, fazendo com que suas pernas tremessem muito, mas a pressa não permitia que ela fraquejasse naquele momento. Miku levantou-se rapidamente e, cansada de correr, encontou seus pais em uma sala de espera pequena nos bastidores.



Miku espiava cuidadosamente a sala para não ser vista. A sala era branca com algumas plantas espalhadas e revistas para ler. Seus pais e seu irmão sentados em um grande sofá branco, esperando ansiosamente por ela. Algo chamou a atenção da garota: seus pais estavam juntos, e suas expressões faciais misturavam angústia com raiva, algo que ela nunca havia visto antes. Primeiro, porque eles se separaram quando ela era pequena, e não se viam pessoalmente desde então. Dessa maneira, Miku não tinha lembranças deles juntos. Segundo, porque havia muito tempo que eles não tinham aquelas expressões tão sérias em seus rostos.



Se aproximando lentamente, com passos leves para não assustar seus pais, Miku murmurou, com um rosto inocente:



-Mamãe...?



Todos os olhares se viraram para a garota. Ela não conseguiu conter as lágrimas quando todos vieram abraçá-la e beijá-la, alegres por ela estar viva e bem. Os pais da Miku foram muito protetores e tinham muito medo que algo ruim acontecesse com ela. O fato da garota ter fugido de casa, então, era como o fimdo mundo para eles.



Miku pediu desculpas a seus pais por tudo que fez. Obviamente eles aceitaram, mas tiveram uma longa conversa com a menina teimosa.



-Miku, o que você estava pensando quando saiu de casa sem avisar ninguém e foi para tão longe? Não acha que ultrapassou os limites?



Miku afirmou com a cabeça e depois ficou cabisbaixa. Sua mãe olhava nos seus olhos da mesma maneira que Kaito olhava anteriormente, mas talvez de um jeito pior ainda.



-Por que fez isso, mocinha?



Miku olhou para o lado, evitando responder à mãe, ou talvez esperando uma oportunidade para se livrar daquela pergunta. Mas sua mãe logo insistiu:



-Hein? Responda!



Miku hesitou mais um pouco e respondeu:



-Eu queria me tornar uma cantora... E se eu te pedisse para parar os estudos para fazer isso, você não deixaria...



-Mas você ao menos devia terminar seus estudos antes de pensar nisso, Miku! –Replicou a mãe da garota, demonstrando toda a sua autoridade.



Não! Seria tarde demais!A única coisa que eu quis nesses últimos anos foi ser cantora. Você sabe disso! –Disse Miku, aumentando a voz.



-Não aumente a voz para mim, mocinha!



A garota cruzou os braços, emburrada. Ela não entendia por que não podia se emancipar dos seus pais. Afinal, ela já tinha dezesseis anos. Aquela idade, para ela, era quando ela deveria ser livre das ordens chatas que eles faziam.



Miku lembrou-se de algo que queria dizer a sua mãe havia muito tempo e tinha dúvida se deveria dizer ou não, mas decidiu falar:



-Eu li o seu diário, mãe. Desculpa.



-Do que você está falando, Miku? –Perguntou. Ela não se lembrava de ter um diário, exceto por quando era uma adolescente.



-Eu li um diário que você escreveu quando tinha minha idade.



A mãe da menina se surpreendeu. Ela nunca havia contado a seus filhos a situação na qual ela passou, porque tinha medo do fato de que ela queria ser cantora as sua juventude acabasse influenciando seus filhos. Não adiantou nada, pois a música estava em seus genes e eles acabaram querendo o mesmo caminho.



Antes que ela pudesse dizer alguma coisa, Miku completou:



-Eu sei que você queria ser uma cantora como eu sou agora... E também sei que não pôde porque teve muitos obstáculos assim como eu tive.



Mikuo estranhou aquela conversa. Nem ele sabia da história de vida da mãe. Ela não observava Miku com o olhar severo de antes; agora seu olhar estava sensibilizado. Ela não parecia querer julgar a filha por ter lido seu diário, e sim a si mesma, por não ter contado a seus filhos toda a verdade.



-Você não devia ter desistido... -Miku enxugava suas lágrimas. -Não pode deixar de lado algo que deseja tão facilmente.



A mãe da garota sorriu e disse:



-Você cresceu. Continua teimosa, mas cresceu muito.



Mikuo, mesmo sem saber o que estava acontecendo, acariciou a cabeça de Miku como fazia todas as vezes que ela estava triste e disse:



-Posso saber o que aconteceu?



A mãe dos garotos disse tudo o que tinha acontecido com ela durante a adolescência e aproveitou para se desculpar com eles. Miku sorriu, olhando para a mãe. A mulher perguntou:



-Você quer permanecer em Tóquio?



-Você deixa mesmo eu ficar?! –Perguntou Miku, como se tivesse acabado de ouvir uma palavra mágica.



-Claro. Você já sabe o que fazer, então não vejo razão para interferir.



-Eu vou ficar. Não quero voltar.



-Você é quem sabe.



Ficou decidido. Seus pais foram embora e prometeram manter contato com ela por telefone sempre. Porém, Miku havia se esquecido de Kaito, e não sabia o que ele achava do fato de seus pais terem vindo vê-la.



A garota pôs-se a procurar o garoto novamente. Porém, o lugar estava mais escuro que anteriormente e era difícil enxergar à sua volta. Quando ela finalmente o encontrou, ele estava no palco. As cortinas estavam fechadas e pouca luz entrava pelos cantos, dando ao lugar deserto um ar de suspense. Apenas os dois estavam lá.



Kaito estava de costas para Miku. Ela não sabia o que ele estava fazendo, mas como ele estava em silêncio, caminhava lentamente para não atrapalhá-lo. De repente, um susto lhe faz parar de caminhar:



-Miku.



-Como sabia que era eu?- perguntou a menina, assustada com todo aquele suspense.



O garoto não respondeu. Ao invés disso, ele ordenou, com um tom de voz ameaçador:



-Miku, eu exijo que você me explique o que está acontecendo.



Miku percebeu que não tinha outra opção a não ser contar a verdade. A garota fez uma longa pausa, suspirou e disse:



- A verdade é que meus pais não permitiram que eu viesse até aqui. Eu fuji de casa. –Miku se encolheu, apavorada.



-E o que você acha que provocou neles? As coisas não são tão fáceis assim, Miku! –Replicou ele, olhando severamente para o rosto da garota. –Você não pode simplesmente abandoná-los em casa e deixá-los preocupados! Por que não aprende a valorizar seus pais?!



-Me desculpe... –Miku se encolhia cada vez mais, com medo da reação de Kaito.



Kaito percebeu o quanto estava assustando a garota e tentou conter-se, mas ignorou seu pedido de desculpas a convidou para ir ao camarim conversar. Entrando no lugar que, apesar de pequeno e repleto de lindas roupas coloridas e algumas berrantes, tinha espaço para os dois sentarem.



Kaito sentou-se e aproximou-se de Miku com um olhar mais calmo para tranquilizá-la. Então disse, com um tom de voz mais suave:



-Miku, eu vou dizer a você a verdade sobre mim.



Miku olhou para Kaito, desconfiada, estranhando a mudança de assunto repentina. Mas, como estava curiosa, escutou atenciosa.



-Eu disse para você valorizar os seus pais porque perdi os meus quando era pequeno. Não tenho lembrança nenhuma deles que não seja através de fotos.



Miku surpreendeu-se. Ela não nunca tinha imaginado a sua vida sem seus pais, mas podia imaginar o quanto aquilo era horrível para Kaito. Ele continuou a ouvir:



-As únicas pessoas que estiveram na minha vida foram minha irmã e meu avô, mas ele morreu depois de algum tempo e eu tive que tentar me virar sozinho. Foi assim que eu procurei estudar música e me tornei um cantor de sucesso.



-Então é como eu pensei. Você já trabalhou com música...



Kaito afirmou com a cabeça e continuou a falar. Miku percebeu o quanto ele estava triste por ter que se lembrar daqueles tempos.



-Quando eu consegui realizar meu sonho, eu descobri uma terrível doença na garganta que me impedia de cantar. A doença era tão devastadora que tive que parar de cantar imediatamente. A partir desse dia, tive que deixar tudo o que mais gostava e me tornei um fracassado. Fui esquecido por todos os meus fãs, isso é, se eu tinha fãs. Não passo de um idiota...



-não fale assim, onii-chan! Eu não te conhecia quando você era cantor, mas tenho certeza de que você tinha muitos fãs. Você tem uma voz tão bonita...



-Obrigado, Miku.



-Você também não é um idiota se lutou tanto. Você foi muito forte, onii-chan. Eu não conseguiria viver assim. –Miku tentava sorrir enquanto falava para reconfortar Kaito



-Obrigado, Miku. –Kaito sorriu também. O problema estava resolvido.



-Desculpe por tudo que eu fiz, onii-chan. Você me perdoa?



-Claro Miku – disse ele, levantando-se. –Vamos? Já é tarde e preciso te levar pra casa.



-Você vai me levar, onii-chan? Obrigada!



-Claro. Vamos.



E assim fez. Já era tarde quando Kaito a levou para casa, mas, mesmo assim, ela não conseguia dormir pensando na gravidade do que fez. Kaito adivinhou que ela faria isso e a telefonou, mesmo sendo tarde da noite. Ela atendeu:



-Onii-chan? É você? Por que me liga tão tarde?



-Eu sabia que você estava acordada, Miku.



-Como sabia?



-Eu te conheço. Quando algo ruim acontece, você fica preocupada demais e se esquece do que tem que fazer.



-Verdade... Você me conhece há pouco tempo e é como se me conhecesse há anos...



-É verdade- riu ele. – Enfim, eu te liguei para falar pra você não se preocupar e dormir tranquila, mas parece que é tarde demais...



-Não se preocupe. Eu vou dormir daqui a pouquinho.



-Então tá. Boa noite.



Kaito iria desligar o telefone, mas logo foi interrompido pela garota do outro lado da linha:



-Onii-chan, espera! –Disse ela, repentinamente, quando se lembrou de algo. – Bom, eu não tinha dito a verdade antes porque tinha medo de ser mandada de volta para casa, mas o meu maior medo era de que você passasse a me odiar... –confessou ela, muito vermelha.



-Não tem a menor chance de isso acontecer, Miku. Você é uma pessoa importante para mim. Eu nunca vou te odiar. –confessou ele também, muito vermelho.



-Ainda bem... –Disse ela, aliviada. –Você também é importante pra mim, onii-chan. Muito.



Kaito ficou muito envergonhado. Depois de uma pequena pausa, ele disse:



-Então vá descansar. Já é tarde e você precisa acordar cedo.



-Tá bom. Boa noite.



-Boa noite.






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13Vocaloid Fanfic Empty Re: Vocaloid Fanfic Qui Ago 11, 2011 11:42 pm

Chirik-Kun

Chirik-Kun

Capítulo 7- A chuva

Era uma manhã de segunda-feira. Miku despertou alegremente muito cedo, pois tinha um compromisso. Não era com a música, pois não iria trabalhar por ser um feriado; nem sequer ia compor uma música. O que ela iria fazer a deixava incomodada só de pensar. Era algo agradável, mas embaraçoso: ela sairia com Kaito, que apesar de ser seu empresário, era alto e muito bonito, tinha um físico forte e atraente e um sorriso caloroso. Certamente, Miku era muito sortuda, pois ele mesmo havia pedido para que eles saíssem juntos. Ela lembrava-se perfeitamente do seu rosto inocente e envergonhado quando ele a pediu para sair, e se lamentava por não ter dado uma de difícil. Mas a expressão do garoto parecia insistir e fazer seu coração palpitar, como se não houvesse como recusar.

‘’-Ah, Miku. Semana que vem tem feriado. O que você vai fazer?

-Não sei. Eu estava pensando em descansar.

-É mesmo... Você trabalha duro o dia todo, não é? Então acho que não devo te atrapalhar... Desanimou ele.

-Por quê? –Perguntou Miku, na expectativa de que o garoto a chamasse para fazer algo. –Tem alguma coisa que você queria me dizer?

Kaito ficou vermelho e nervoso. Depois, ele respondeu:

-Se-será que você quer sair comigo? -gaguejou ele.

Naquele momento, o coração de Miku acelerou, como se gritasse, aceitando. Tentando segurar suas emoções, ela disse:

-Legal. Por que não?

-Bom. Então tá. –Disse ele, controlando-se. Sua felicidade era tamanha. ’’

Miku foi logo tomar um banho. Não tirava Kaito de sua cabeça por um segundo sequer. Aquela era a primeira vez que um garoto a chamava para sair, uma experiência nova e interessante.

Saindo do chuveiro, aproveitou para se vestir bem e sair para procurar o lugar onde ambos marcaram de se encontrar. Como era de se esperar, a garota, sem conhecer bem o lugar, perdeu-se por alguns instantes, fazendo com que ela se atrasasse, apesar de carregar consigo um pequeno mapa.

Por pouco, a garota conseguiu chegar a tempo. Kaito esperava por ela totalmente imóvel, na calçada de uma avenida movimentada no centro de Tóquio. Ela não queria deixá-lo esperando por muito tempo; era tamanha falta de educação.

-Onii-chan! –Gritou ela, ao avistar Kaito ao longe.

-Oi, Miku. Chegou na hora.

-Mesmo?-Disse ela, respirando aflita e quase sem fôlego de tanto andar. - Eu me perdi tanto que pensei que ia me atrasar.

-Eu acho que era melhor eu ter te buscado, mas você insistiu para que a gente se encontrasse...

-Não se preocupe. É que eu tenho que me acostumar com a cidade, senão isso vai acontecer mais vezes. -Riu ela. - Não posso morar aqui sem conhecer o lugar.

Kaito concordou e disse:

-Aliás, Miku, você está muito bonita. Vamos andando?

-Obrigada. -Disse ela, com um grande sorriso no rosto.

‘’É por isso que eu o adoro! Ele é tão educado... ’’ Pensava Miku. Kaito estava devidamente bem vestido: apenas uma blusa de frio, calça jeans e uma camisa social. Nada muito diferente, mas o deixava extremamente bonito. Miku estava uma blusa de mangas longas eu uma minissaia, o que poderia ser um problema se fizesse frio.

No momento em que andavam pelas movimentadas ruas de Tóquio, Miku olhava para Kaito e pensava: ‘’ É uma pena que ele tenha um passado tão triste. Mas eu vou me esforçar para tentar fazer com que ele fique feliz’’. Ela lembrava claramente de quando ele falava de seu passado. O garoto tinha muitas lembranças tristes, provavelmente as únicas que passavam pela sua cabeça. Resolveu então quebrar o silêncio e perguntar:

-Onii-chan, você não sente saudades dos seus pais?

-Com certeza, Miku, mas eu não posso fazer nada nesse momento. Eles já se foram e eu tenho que tentar ser independente agora.

-Mas... Você não se sente só?

-Claro. Mas eu tenho a minha irmã.

-Ah, sim. Você disse que tinha uma irmã. Ela deve ser bonita.

-Sim, mas é um tanto sem juízo. Não é fácil lidar com ela.

Os dois fizeram silêncio enquanto caminhavam. Só era possível ouvir o barulho provocado pela agitação da cidade. Altos prédios com muitos anúncios tampavam completamente a visão do horizonte e criavam uma poluição visual. O barulho dos carros era infinito. A luz do sol era refletida pelas vidraças dos colossais prédios da cidade, o que abafava um pouco o clima. Apesar disso, o clima estava fresco, e o céu estava repleto de nuvens, causando nos jovens a dedução de que logo iria chover. Mas eles não tinham dúvida: Aquele dia era perfeito para sair, pois quase nunca tinham um descanso; caos, agitação eram suas rotinas.

-Aliás, por que você perguntou se eu me sinto sozinho?

-É que eu acho quase impossível você ser tão educado sem ter pai e mãe.

-Obrigado. Meu avô me educou, mas ele é muito competente. Ele nunca faria mal a mim.

-Que bom. Ela é mais nova ou mais velha que você?

-Ela é um ano mais velha que eu; eu tenho dezenove e ela tem vinte. Mas ainda somos muito unidos. Eu ainda não gosto quando alguém chega perto dela.

-Eu entendo. O meu irmão também tem ciúmes de mim. Se ele nos visse agora, ele iria direto perguntando que é você.

-É. Eu só quero protegê-la.

-Você deve ser um ótimo irmão.

-Nem tanto. Ela só está desempregada agora e eu só estou tentando ajudá-la.

-Viu? Você é um bom irmão. Mas por que ela está desempregada?

-Ela também é uma cantora e fez a mesma audição que você. Mas, como não foi aprovada, ela não conseguiu entrar para nenhuma gravadora depois.

-Estou sentindo pena dela. Nem fiz a segunda parte dos testes e já fui aprovada...

-Mas o fato de que você foi aprovada é muito bom. Não é culpa sua.

Mesmo com o consolo de Kaito, Miku ficou cabisbaixa, sentindo-se culpada. Talvez, se a gravadora tivesse dado uma segunda chance às pessoas que faziam o teste, talvez a irmã do garoto não precisasse passar por dificuldades.

-Miku, olhe para mim. Você acha que, se não fosse aprovada, nós teríamos nos conhecido e tudo isso teria acontecido? Nós já conversamos sobre isso.

Miku olhou nos profundos olhos azuis de Kaito, discretamente. Lentamente, ela concordou.

-E se estiver preocupada, não precisa ficar assim. Ela está morando comigo.

-Ainda bem.

Depois de algum tempo, após tanto caminhar, os dois chegaram a um grande parque de diversões, que felizmente não estava muito cheio. Porém, a diversão era imprevisível, já que o céu estava tão fechado e podia chover a qualquer momento.

Sem se importar com o clima nublado, ambos se divertiram como crianças. Kaito conseguiu um lindo ursinho de pelúcia e deu para Miku como lembrança.

O primeiro acontecimento do dia, ao contrário do que se esperava, não foi a chuva, como eles esperavam. Uma garotinha avistou Miku ao longe e olhava fixamente para o casal. Não era possível saber o que queria, mas era possível perceber que seu plano era maligno.

-Ei! –Gritou a garota para Miku.- Eu já te vi antes. Você é a Hatsune Miku?

-Shhh! Não grite! Meus fãs vão acabar me reconhecendo.

Era tarde demais. Pode-se dizer que todas as pessoas que estavam naquele parque, por mais que estivesse vazio, olhavam fixamente para ela. Alguns caminhavam em sua direção para pedir autógrafos. Mais e mais pessoas a cercavam, até a garota ser completamente amassada e sufocada entre tanta gente. Não acabava nunca a quantidade de pessoas que pareciam ser suas fãs. Miku não tinha mais espaço, era impossível até respirar. Ela havia tirado um dia do fim de semana para descansar, não para distribuir autógrafos. Logo tinha se transformado em uma catástrofe. Ao mesmo tempo, ficou impressionada com a quantidade de fãs que tivera, e de pessoas que a reconheceram, sinal de que sua fama só crescia.

Alguns instantes depois, sentiu-se puxada pelo braço. Mesmo sem saber quem a puxava, começou a correr, aflita, para longe da multidão. Miku daria tudo para fugir daqueles fãs desesperados, que a espremiam de tanta excitação. De repente, deu uma rápida olhada; como era de se esperar, era Kaito.

-Por que estamos saindo do parque?

Kaito não respondeu. Ele parecia poupar suas energias para conseguir correr e se esconder com Miku. Alguns fãs ainda tentavam perseguir a garota, tentando ainda conseguir seus autógrafos, mas logo desistiram.

Assim que saíram do parque em disparada, em direção a um pequeno bosque aberto e seguro, esconderam atrás de uma árvore, ofegantes pela corrida. Miku então recuperou o fôlego e disse:

-Ei! O que deu em você? Não precisava me puxar daquele jeito! –Gritava ela, irritada. Apesar de parecer inocente, Miku não dava o braço a torcer.

-Me desculpe, Miku. Mas você tinha que fugir. Se você distribuísse autógrafos para todos aqueles fãs, você iria acabar se transformando na atração do parque.

-Mas eu não posso ser amiga dos meus fãs?

-Nem de todos, Miku. Você viu como eles estavam exagerando e te cercando. Você tem que dizer não aos seus fãs de vez em quando, senão eles não vão te deixar fazer o que você tem que fazer. Pense mais em você mesma, Miku. Você é a prioridade.

-Mas isso é injusto...

-Nada no mundo dos famosos é justo. Me desculpe.

-Está tudo bem... –disse ela, cabisbaixa. - O que mais pode acontecer de ruim hoje?

De repente, várias gotas de chuva caíram do céu, uma após a outra, penetrando no solo entre as raízes das árvores.

-Vamos para aquela lanchonete logo ali para nos protegermos da chuva. –Disse Kaito, tirando sua blusa e colocando sobre os ombros da garota, para evitar que ela se molhasse. À medida que chegavam perto do toldo da lanchonete, a chuva aumentava. Miku olhava para um lado fixamente, distraída e parecendo triste.

-Me desculpe, Miku. Era para o nosso dia ter sido mais divertido.

-Não tem problema. A culpa não é sua.

A pequena lanchonete estava vazia. Alguns dos bancos estavam próximos a uma grande janela de vidro, o que atraiu Miku, que permaneceu sentada por um bom tempo, observando a chuva.

-O que foi? –Perguntou Kaito, preocupado.


Miku olhou para ele e abriu um leve sorriso.

-As coisas não deram muito certo, mas eu sei que você planejou esse passeio para tentar me alegrar. Muito obrigada.

-Talvez você tenha que ser mais cuidadosa daqui em diante.

-Por quê?

-Eu quero dizer que talvez nós tenhamos que nos disfarçar para podermos andar por aí. Talvez fosse melhor se parássemos de sair.

-Por quê?! – Perguntou ela, decepcionada.

-À medida que sua fama aumenta, sua liberdade diminui. Celebridades não podem andar pelas ruas como pessoas normais; elas acabam sendo flagradas pelas câmeras.

Miku apoiou seu queixo sobre a mesa, chateada.

-Não precisa ficar triste, Miku. Nós vamos encontrar coisas para fazermos juntos.

-É... Eu espero. Mas o que vamos fazer agora?

-Com essa chuva forte desse jeito, só podemos esperar baixar e ir embora.

-Não vou deixar nosso dia acabar assim. Eu tenho um guarda-chuva na minha bolsa. Vamos procurar algo pra fazer.

-Mas, mesmo se conseguirmos sair daqui, o que podemos fazer?

-Vamos ao cinema. –Disse ela, decididamente e momentaneamente.

-Tudo bem então.

Ambos saíram juntos debaixo daquela chuva infinita e fria, debaixo de um só guarda-chuva. A caminhada era longa; só os dois estavam na rua deserta. Havia também alguns poucos carros, a maioria estacionada. O céu estava muito cinzento e a cidade, sombriamente escura. Era possível escutar o relaxante som da chuva, junto aos passos de ambos que era abafados pela água da chuva que cobria as ruas e calçadas e ao som do alarme de carros à distância. De repente, Miku começou a espirrar, deixando Kaito preocupado.

Mais um tempo de longa caminhada os levou ao seu destino: o cinema. Era grande, espaçoso e escuro. Poltronas juntas e confortáveis eram alinhadas de maneira estratégica. Miku e Kaito sentaram-se. Não demorou muito para que Miku começasse a espirrar novamente, deixando Kaito preocupado. Porém, Sua preocupação acabou quando Miku adormeceu. Ele logo a cobriu com sua blusa e encostou a cabeça da garota sobre seu ombro, para que ela tivesse mais conforto. Ela dormiu durante o filme todo; apesar de querer se divertir mais tempo, com Kaito, estava derrotada pelo cansaço que se acumulou durante a semana.

Quando a sessão acabou, já era fim da tarde. Até Kaito mostrava-se um pouco cansado. Acordou a garota adormecida e ambos saíram da sala de cinema. Ela, ainda sonolenta, levantou-se com os olhos entreabertos e saiu da sala de cinema junto a Kaito completamente tonta.

Vendo a situação da garota, Kaito chamou um táxi para levar ambos em suas casas. Dentro do carro, Miku permanecia adormecida, sem sequer saber onde estava até acordar por um segundo, retomar sua consciência e perguntar, logo adormecer novamente.

O casal chegou à porta da casa de Miku. Mal enxergando as chaves para abrir a porta por causa do escuro, ela disse:

-Muito obrigada pelo passeio. Devíamos fazer isso mais vezes.

-Claro. Desculpe pelos imprevistos, Miku.

-Eu é que tenho que pedir desculpas por ter dormido.

-Não se preocupe. Eu entendo o quanto você estava cansada.

-Boa noite, onii-chan. Até amanhã.

-Boa noite. Durma bem.

Por um instante, Miku sorriu e acenou ao ver Kaito caminhando até o taxi e esperou até que ele fosse embora para entrar.






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14Vocaloid Fanfic Empty Re: Vocaloid Fanfic Sex Ago 12, 2011 4:30 pm

Tom Shadow

Tom Shadow

Tópico movido, pois não é baseado em Digimon. :D

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